In Nomine Dei
The events described in this piece represent, in a single case, a tragic chapter in the long and apparently irremediable history of human intolerance. Let them read it thus, and so understand it, believers and unbelievers, and they will, perhaps, do themselves a favor. Animals, of course, don't need
Foundation
Prémios pela obra:
1993. Grande Prémio de Teatro da Associação Portuguesa de Escritores. Portugal.
Portugal
The calligraphy on the cover is by the musician and writer Jorge Vaz de Carvalho
«“Between man, with his reason, and animals, with his instinct, who, after all, will be best equipped for the government of life?” Does not make sense? “If dogs had invented a God, would they fight over differences of opinion as to what to name him, Perdigueiro was, or Lobo-d'Alsace? And if they agreed on the appellation, would they, generation after generation, go around biting each other because of the shape of their ears or the tuft of their canine Deus? “These considerations could be taken as offensive, but José Saramago tries to defend himself: “It is not my fault or my discreet atheism if in Münster, in the 16th century, as in so many other times and places, Catholics and Protestants were slaughtering. to one another in the name of God – “In Nomine Dei” – to come to reach, in eternity, the same Paradise.” “The events described in this piece represent, only, a tragic chapter in the long and, apparently, irremediable history of human intolerance”, explains the author. “Let them read it thus, and so understand it, believers and unbelievers, and they will, perhaps, do themselves a favor. Animals, of course, don't need to.”» (Diário de Notícias, October 9, 1998)
Editorial Path
1993, 5.a ed., 2011
Language
Portuguese
«”Entre o homem, com a sua razão, e os animais, com o seu instinto, quem, afinal, estará mais bem dotado para o governo da vida?” Não faz sentido? “Se os cães tivessem inventado um Deus, brigariam por diferenças de opinião quanto ao nome a dar-lhe, Perdigueiro fosse, ou Lobo-d’Alsácia? E no caso de estarem de acordo quanto ao apelativo, andariam, gerações após gerações, a morder-se mutuamente por causa da forma das orelhas ou do tufado do seu canino Deus? “Estas considerações podiam ser tomadas como ofensivas, mas José Saramago trata de se defender: “Não é culpa minha nem do meu discreto ateísmo se em Münster, no século XVI, como em tantos outros tempos e lugares, católicos e protestantes andaram a trucidar-se uns aos outros em nome de Deus – “In Nomine Dei” – para virem a alcançar, na eternidade, o mesmo Paraíso.” “Os acontecimentos descritos nesta peça representam, tão só, um trágico capítulo da longa e, pelos vistos, irremediável história da intolerância humana”, explica o autor. “Que o leiam assim, e assim o entendam, crentes e não crentes, e farão, talvez, um favor a si próprios. Os animais, claro está, não precisam.”» (Diário de Notícias, 9 de Outubro de 1998)
Editorial Path
1993, 5.a ed., 2011
Language
Portuguese
«”Entre o homem, com a sua razão, e os animais, com o seu instinto, quem, afinal, estará mais bem dotado para o governo da vida?” Não faz sentido? “Se os cães tivessem inventado um Deus, brigariam por diferenças de opinião quanto ao nome a dar-lhe, Perdigueiro fosse, ou Lobo-d’Alsácia? E no caso de estarem de acordo quanto ao apelativo, andariam, gerações após gerações, a morder-se mutuamente por causa da forma das orelhas ou do tufado do seu canino Deus? “Estas considerações podiam ser tomadas como ofensivas, mas José Saramago trata de se defender: “Não é culpa minha nem do meu discreto ateísmo se em Münster, no século XVI, como em tantos outros tempos e lugares, católicos e protestantes andaram a trucidar-se uns aos outros em nome de Deus – “In Nomine Dei” – para virem a alcançar, na eternidade, o mesmo Paraíso.” “Os acontecimentos descritos nesta peça representam, tão só, um trágico capítulo da longa e, pelos vistos, irremediável história da intolerância humana”, explica o autor. “Que o leiam assim, e assim o entendam, crentes e não crentes, e farão, talvez, um favor a si próprios. Os animais, claro está, não precisam.”» (Diário de Notícias, 9 de Outubro de 1998)
Brazil
Essa peça conta o fracasso de uma rebelião protestante na Alemanha do século XVI. Há, de início, nobreza e sede de justiça nas atitudes dos personagens. Mas logo se desvenda a brutalidade, a falta de sentido do que fazem. A fé vitima os mais simples, a credulidade dilacera os homens, a esperança mata e a utopia igualitária serve de pretexto para a dominação. Quem admira as riquezas do estilo de José Saramago, sua encantada lucidez, sua violência descritiva, talvez imagine que, numa peça de teatro, algo disso se perca. As falas dos personagens exigem mais concisão; e como esperar opulências de linguagem quando os fatos e os conflitos, brutais, precipitam-se no palco? In Nomine Dei, peça de Saramago, responde magistralmente à dúvida. Seus leitores encontram, aqui, o mesmo grande escritor de O evangelho segundo Jesus Cristo: a mesma força, a mesma precisão, a mesma angústia. O que muda é a forma. Não temos a narração extrema e delicada, mas um autor trágico, que se retrai apaixonadamente diante daquilo que mostra.
Essa peça conta o fracasso de uma rebelião protestante na Alemanha do século XVI. Há, de início, nobreza e sede de justiça nas atitudes dos personagens. Mas logo se desvenda a brutalidade, a falta de sentido do que fazem. A fé vitima os mais simples, a credulidade dilacera os homens, a esperança mata e a utopia igualitária serve de pretexto para a dominação. Quem admira as riquezas do estilo de José Saramago, sua encantada lucidez, sua violência descritiva, talvez imagine que, numa peça de teatro, algo disso se perca. As falas dos personagens exigem mais concisão; e como esperar opulências de linguagem quando os fatos e os conflitos, brutais, precipitam-se no palco? In Nomine Dei, peça de Saramago, responde magistralmente à dúvida. Seus leitores encontram, aqui, o mesmo grande escritor de O evangelho segundo Jesus Cristo: a mesma força, a mesma precisão, a mesma angústia. O que muda é a forma. Não temos a narração extrema e delicada, mas um autor trágico, que se retrai apaixonadamente diante daquilo que mostra.
Spain
Alfaguara / Penguin Random House
2022 (Trad.: Basilio Losada)
(em um volume Qué haréis con este libro que inclui a dramaturgia completa de José Saramago)
Edição Especial Centenário de Nascimento de José Saramago
Language
Spanish
«La memoria es el dramaturgo que todos tenemos dentro. La distancia entre lo que fue una persona y lo que se recuerda de ella es literatura».
Foundation
Saramago se llamaba a sí mismo «el dramaturgo involuntario», porque siempre sintió que su contribución al género teatral venía marcada por circunstancias azarosas. Pero, incluso así, su genio creativo dio luz a las cinco obras que se reúnen en este volumen: La noche(1979), ¿Qué haré con este libro? (1980), La segunda vida de Francisco de Asís (1987), In Nomine Dei (1993) y Don Giovanni o El disoluto absuelto (2005).
Con la hondura propia de toda su obra —aunque revestida de una aparente simplicidad—, brillan en estas piezas magistrales la ironía del autor y la agudeza de sus reflexiones. Los grandes héroes dejan paso a los hombres y mujeres sencillos que, desde la honestidad y la firmeza de sus convicciones, luchan por la libertad, la justicia y un futuro mejor.
Ambientadas en épocas y lugares distintos que van desde el Portugal del triunfo de la Revolución de los Claveles o el renacentista del poeta Camões a la Alemania de la reforma luterana, la Italia de don Giovanni o la intemporalidad deslocalizada de una empresa en crecimiento, en ellas las grandes cuestiones que caracterizan el pensamiento del Nobel portugués están expuestas sin enjuiciamientos ni sentencias. Son parte de un diálogo que Saramago mantiene para siempre, desde cada una de las páginas que escribió, con sus lectores.
The critic said:
«Saramago vuelve comprehensible a human reality, with parables supported by imagination, compassion and irony».
Nobel Committee
«A man with a sensitivity and a capacity to see and understand that is very much above what we generally see and understand in mortal communities».
Hector Abad Faciolince
«Saramago is an example, a dignified style of life and literature, which demonstrates the possibility of sailing against the current […]. Your word has the value of an antifreeze, of a personal remedy against the gales of cynicism that envelop us».
Luis Garcia Montero
«Yo no sé, ni quiero saberlo, de dónde ha sacado Saramago ese diabólico tononarrativo, duro y piadoso a un tiempo, […] que le permite contar tan cerca del corazón y a la vez tan cerca de la historia».
Luis Landero
«Saramago writes novels about myths to demystify them, [...] always to address the reality that surrounds him, to deal with current problems that affect everyone, and so that everything is clear from the beginning».
Rafael Conte, Babelia
«Like Günter Grass or Cees Nooteboom, Saramago aspires to engage with an audience that goes beyond national limits».
The Country
Alfaguara / Penguin Random House
2016 (Trad.: Basilio Losada)
(em um volume Qué haréis con este libro que inclui a dramaturgia completa de José Saramago)
Language
Spanish
«La memoria es el dramaturgo que todos tenemos dentro. Pone en escena e inventa un disfraz para cada ser vinculado con nosotros. La distancia entre lo que fue una persona y lo que se recuerda de ella es literatura.»bJosé Saramago
José Saramago se llamaba a sí mismo «el dramaturgo involuntario» porque siempre sintió que su contribución a ese género venía marcada por circunstancias azarosas. Pero incluso así, su genio creativo dio luz a las cinco obras teatrales que se reúnen ahora en este volumen: La noche (1979), ¿Qué haré con este libro? (1980), La segunda vida de Francisco de Asís (1987), In Nomine Dei (1993) y Don Giovanni o El disoluto absuelto (2005). Salvo La noche e In Nomine Dei, se publican por primera vez en castellano.
Con la hondura propia de toda su obra -aunque revestida de una aparente simplicidad-, brilla en estas piezas magistrales la ironía del autor y la agudeza de sus reflexiones. Los grandes héroes dejan paso a los hombres y mujeres sencillos que, desde la honestidad y la firmeza de sus convicciones, luchan por la libertad, la justicia y un futuro mejor.
Ambientadas en lugares y épocas distintos que van desde el Portugal del triunfo de la revolución de los Claveles o el renacentista del poeta Camões, a la Alemania de la reforma luterana, la Italia de don Giovanni o la intemporalidad deslocalizada de una empresa en crecimiento, en ellas las grandes cuestiones que caracterizan el pensamiento del autor están expuestas sin enjuiciamientos ni sentencias. Todas ellas son parte de un diálogo que Saramago mantiene para siempre, desde cada una de las páginas que escribió, con sus lectores.
3i4
1995
(Em um volume com A Noite)
Language
Catalan
3i4
1995
(Em um volume com A Noite)
Cuba
Editorial Arte Y Literatura
2015 (Trad.: Alpízar Castillo)
Italy
2011 (Trad.: Rita Desti e Giulia Lanciani )
Incluído na obra La seconda vita di Francesco D’Assisi e altre opere teatrali
Language
Italian
La produzione teatrale di José Saramago è animata dallo stesso intreccio di poesia, lucidità e potenza che ha reso inconfondibile il suo profilo di narratore. Il gioco continuo di due piani temporali, quello della Storia e quello dell’Invenzione, crea un’infrastruttura che permette ai personaggi di spaziare agilmente di secolo in secolo, di paese in paese. E tanti e diversi sono gli ambienti storici che Saramago esplora con queste quattro pièces. La notte segue una redazione di giornale messa in subbuglio, nel Portogallo del 1974, da quella Rivoluzione dei Garofani che fu centrale nella vita stessa dell’autore. Cosa ne farò di questo libro? ci fa fare un salto all’indietro di quattro secoli per ritrovarci nel Portogallo del Cinquecento e seguire le peripezie di Luís Vaz de Camões, il più grande poeta lusitano, nel tentativo di dare alle stampe il suo capolavoro I Lusiadi. La seconda vita di Francesco d’Assisi fa tornare il grande santo fra i vivi (e nel mondo contemporaneo) per mostrarcelo alle prese con grosse incomprensioni con lo stesso ordine da lui fondato. In Nomine Dei vede ancora la religione come protagonista ma si sposta nella Münster del XVI secolo, dove protestanti e cattolici lavano nel sangue degli auto da fé le loro divergenze dottrinali.
Einaudi
1996 (Trad.: Rita Desti e Giulia Lanciani )
Incluído na obra Teatro
Language
Italian
«Quando, tra il 1977 e il 1978, la direttrice di un teatro di Lisbona pensò di chiedermi di scrivere un’ opera in cui l’azione si svolgesse nella redazione di un giornale, aveva davanti a sé una persona senza alcuna conoscenza pratica o tecnica della scrittura teatrale, ma solo uno spettatore come tanti altri, lungi dall’immaginare che un giorno avrebbe calcato quel pavimento di tavole che, sotto un cielo di corde, macchinari e teloni sospesi, riproduce il mondo».
Alla scrittura narrativa e poetica che l’ha reso famoso, Saramago affianca quella drammatica, in cui il processo creativo si richiama agli stessi principi che sostengono il resto della sua produzione, fondata sull’intersezione fra tempo storico e tempo dell’invenzione. In La notte – di forte sapore autobiografico – la ben nota “Rivoluzione dei Garofani”, che nel 1974 mise fine alla dittatura in Portogallo, fa da sfondo agli sconvolgimenti, politici e morali, che avvengono nel microcosmo della redazione di un giornale. In Cosa ne farò di questo libro? la scena si sposta, sempre in Portogallo, ma nel Cinquecento, ai tempi di Luis Vaz de Camoes, il vate lusitano per eccellenza, alle prese con le difficoltà “editoriali” per dare alle stampe il suo capolavoro: I Lusiadi. Ancora l’incomprensione, la difficoltà di comunicazione, sono i motivi che porteranno allo scontro il “poverello”, tornato sulla Terra ai giorni nostri, con l’Ordine da lui un tempo fondato in La seconda vita di Francesco d’Assisi. E, infine, In Nomine Dei ripropone quella stessa incomprensione che farà sfociare in massacri e auto da fé la lotta tra protestanti e cattolici a Munster nel XVI secolo.