El año de 1993
Comecei a escrevê-lo antes do 25 de Abril. Foi por desespero que o principiei. Depois veio a Revolução, e o livro pareceu ter perdido o sentido. Se, como se dizia, o fascismo estava morto, para quê falar mais em dominadores e dominados? Sabemos hoje que o fascismo está vivo, e eu fiz o meu dever publicando o livro
José Saramago
Portugal
La caligrafía de la portada es del escritor José Manuel Mendes.
Son pequeñas historias que forman una. Uno e intacto. La poesía ya tiende puentes hacia la ficción. Sin rima, fraseo, hablando del futuro de la propia escritura del autor. Poemas de advertencia, pero también de esperanza, a pesar de la desesperación que reside en su trasfondo todavía lírico e iniciático. «El interrogatorio del hombre que salió de casa después del toque de queda comenzó hace quince días y aún no ha terminado / Los interrogadores hacen una pregunta cada sesenta minutos veinticuatro al día y exigen cincuenta y nueve respuestas diferentes para cada una / Es un nuevo método / Creen que es imposible no ser la verdadera respuesta entre los cincuenta y nueve que se dieron / Y confían en la perspicacia del ordenador para saber cuál es y su conexión con los demás / (…) / La El hombre que se fue de casa después del toque de queda no dirá por qué se fue / Y los indagadores no saben que la verdad está en la respuesta número sesenta / Sin embargo, la tortura continúa hasta que el médico declara / No vale la pena ".
Ruta editorial
2007 (ilustrações de Rogério Ribeiro)
Idioma
portugués
Editado pela primeira vez em 1975, a reedição da Caminho, vinte e dois anos depois, vem acompanhada pelos desenhos do pintor Rogério Ribeiro. São pequenas histórias a formarem uma só. Una e intacta. Poesia a lançar já pontes para a ficção. Sem rima, fraseada, falando do futuro da própria escrita do autor. Poemas de alerta, mas de esperança, também, apesar do desespero que reside no seu fundo ainda lírico e iniciático. “O interrogatório do homem que saiu de casa depois da hora de recolher começou há quinze dias e ainda não acabou / Os inquiridores fazem uma pergunta em cada sessenta minutos vinte e quatro por dia e exigem cinquenta e nove respostas diferentes para cada uma / É um método novo / Acreditam que é impossível não estar a resposta verdadeira entre as cinquenta e nove que foram dadas / E contam com a perspicácia do ordenador para descobrir qual delas seja e a sua ligação com as outras / (…) / O homem que saiu de casa depois da hora de recolher não dirá porque saiu / E os inquiridores não sabem que a verdade está na sexagésima resposta / Entretanto a tortura continua até que o médico declare / Não vale a pena.”
Ruta editorial
1987 (ilustrações de Graça Morais), 3.a ed.
Idioma
portugués
Editado pela primeira vez em 1975, a reedição da Caminho, vinte e dois anos depois, vem acompanhada pelos desenhos do pintor Rogério Ribeiro. São pequenas histórias a formarem uma só. Una e intacta. Poesia a lançar já pontes para a ficção. Sem rima, fraseada, falando do futuro da própria escrita do autor. Poemas de alerta, mas de esperança, também, apesar do desespero que reside no seu fundo ainda lírico e iniciático. “O interrogatório do homem que saiu de casa depois da hora de recolher começou há quinze dias e ainda não acabou / Os inquiridores fazem uma pergunta em cada sessenta minutos vinte e quatro por dia e exigem cinquenta e nove respostas diferentes para cada uma / É um método novo / Acreditam que é impossível não estar a resposta verdadeira entre as cinquenta e nove que foram dadas / E contam com a perspicácia do ordenador para descobrir qual delas seja e a sua ligação com as outras / (…) / O homem que saiu de casa depois da hora de recolher não dirá porque saiu / E os inquiridores não sabem que a verdade está na sexagésima resposta / Entretanto a tortura continua até que o médico declare / Não vale a pena.”
Futura
1975
Idioma
portugués
Futura
1975
Argentina
Alfaguara2010 (Trad.: Ángel Campos Pámpano)
(incluído na obra Poesía completa)
Idioma
Español
«Cerremos esta puerta.
Lentas, despacio, que nuestras ropas caigan
Como de sí mismos se desnudarían dioses.
Y nosostros lo somos, aunque humanos.»
José Saramago
Este volumen reúne, en edición bilingüe, toda la poesía producida por el Premio Nobel de Literatura 1998: desde los primeros poemas escritos a los veinte años al libro El año de 1993, publicado en 1975, volumen donde se asoman ya los temas y obsesiones que llegarían a ser la columna vertebral de su obra novelística.
Poemas filosóficos, poemas de amor sobre personajes literarios y sobre el mundo contemporáneo, en todos ellos se descubre la identidad de este maestro de la literatura universal.
Brasil
Em O ano de 1993 o leitor encontrará um José Saramago diferente, mas não menos brilhante. Em lugar do estilo caudaloso de seus romances mais conhecidos, Saramago lança mão aqui de uma escrita sintética, feita de elipses e sugestões, no limiar entre a prosa narrativa e a poesia. Num mundo não nomeado, em que as cidades foram destruídas, ocupadas por lobos ferozes ou dominadas por obscuras forças invasoras, personagens anônimos se deslocam em hordas pelos campos, montanhas e desertos. Embora a ação se passe no ano de 1993 (que à época da escrita do livro estava no futuro), eles parecem atravessar eras da história humana, da pré-história aos nossos dias. Nesse estranho cenário, os homens desaprendem e reaprendem a dominar o fogo, esquecem e recuperam o sentido do amor, e animais biônicos são desenvolvidos para fins de perseguição e opressão política. Imaginação solta e escrita rigorosa fazem o encanto desta parábola singular. Embora não seja escrito propriamente em versos, mas em períodos breves, com extrema liberdade de sintaxe e pontuação, O ano de 1993 é normalmente classificado como o terceiro e último livro de poesia do autor. Pode ser visto como o momento de passagem para a prosa narrativa que, nas décadas seguintes, encantaria os leitores de todo o planeta.
España
2005; 2011 (Colecção Biblioteca Saramago) (Trad.: Ángel Campos Pámpano)
(incluído na obra Poesía completa)
Idioma
Español
Cerremos esta puerta.
Lentas, despacio, que nuestras ropas caigan
Como de sí mismos se desnudarían dioses.
Y nosotros lo somos, aunque humanos.
José Saramago
2005; 2011 (Colecção Biblioteca Saramago) (Trad.: Ángel Campos Pámpano)
(incluído na obra Poesía completa)
Idioma
Español
Cerremos esta puerta.
Lentas, despacio, que nuestras ropas caigan
Como de sí mismos se desnudarían dioses.
Y nosotros lo somos, aunque humanos.
José Saramago
Italia
2012 (Trad.: Domenico Corradini H. Broussard) Disponível em formato e-book
Idioma
italiano
La grande “epica per aforismi” del premio Nobel portoghese. Un racconto di lotta per la libertà che si ispira alla rivoluzione dei Garofani ma va oltre, verso la lotta di tutti i popoli, in tutti i tempi.
ETS
1993 (Trad.: Domenico Corradini H. Broussard)
Idioma
italiano
ETS
1993 (Trad.: Domenico Corradini H. Broussard)
Einaudi
2001 (Trad.: Domenico Corradini H. Broussard)
Idioma
italiano
Trasognate prose poetiche o allucinanti poemi in prosa, i trenta capitoli dell’Anno mille993 appaiono caratterizzati, almeno al principio, da un tempo presente che conferisce a ogni segmento una statica immobilità, un’aura atemporale fortemente simbolica. Utopia negativa, visione di un futuro di nefasta e inevitabile deriva, quest’opera di Saramago parrebbe riallacciarsi nel titolo al 1984 di Orwell. Ma se la cosmovisione di Orwell nasceva dalla delusione per la deriva in senso autoritario della rivoluzione socialista, il nucleo della prima ispirazione di Saramago è, come sempre, la sua opposizione al regime salazarista. Anche se, nella stesura definitiva del libro, realizzata già dopo la caduta del fascismo in Portogallo, egli si preoccuperà di dare al suo testo un carattere universalistico forse assente dal progetto iniziale pensato nel 1974, proprio alla vigilia della «rivoluzione dei garofani». Ad accentuare questa connotazione universalista dell’opera c’è anche la sua dimensione pittorica. Scrittore sensibile alle arti visive, Saramago concepisce questo suo testo stravagante come una successione di diapositive scelte in un settore ben delimitato della pittura europea (Dalí, De Chirico) e proiettate nella loro staticità sulla parete bianca con un automatismo onirico capace di bloccare in una luce materica le immagini evocate nello spazio.