José Saramago / La Obra / Bibliografía

Una luz inesperada

Una luz inesperada
2022

E houve também aqueles dois gloriosos dias em que fui ajuda de pastor, e a noite de permeio, tão gloriosa como os dias. Perdoe-se a quem nasceu no campo, e dele foi levado cedo, esta insistente chamada que vem de longe e traz no seu silencioso apelo uma aura, uma coroa de sons, de luzes, de cheiros miraculosamente conservados intactos

Tienda

Portugal

Una luz inesperada

Primeira edição: 2022

Porto Editora (ilustrações de Armando Fonseca)


Idioma
portugués

«E houve também aqueles dois gloriosos dias em que fui ajuda de pastor, e a noite de permeio, tão gloriosa como os dias. Perdoe-se a quem nasceu no campo, e dele foi levado cedo, esta insistente chamada que vem de longe e traz no seu silencioso apelo uma aura, uma coroa de sons, de luzes, de cheiros miraculosamente conservados intactos. O mito do paraíso perdido é o da infância — não há outro. O mais são realidades a conquistar, sonhadas no presente, guardadas no futuro inalcançável. E sem elas não sei o que faríamos hoje. Eu não o sei.»

Neste fragmento de A Bagagem do Viajante (1973), José Saramago recorda o dia em que foi ajudar o tio a vender porcos na feira. O reconto dessa experiência aparentemente comum espelha todo o seu poder narrativo, levando-nos para um mundo de deslumbramento que só a infância permite, e que Armando Fonseca ilustra na perfeição.

Brasil

Una luz inesperada

2022

Compañía de Letras (ilustrações de Armando Fonseca)


Idioma
portugués

Um conto sobre o deslumbramento da infância — e como esses sentimentos continuam a ressoar na vida adulta –, escrito por um dos grandes autores de língua portuguesa.

Este texto foi publicado pela primeira vez no livro A bagagem do viajante (Companhia das Letras, 1996), com o título “e também aqueles dias”.

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