Nasce a 16 de Novembro na Rua da Alagoa de Azinhaga (Ribatejo, Golegã, Portugal) no seio de uma família de camponeses. Os seus pais são José de Sousa, jornaleiro, e Maria de Jesus, doméstica.
Muda-se para Lisboa com a família, onde o pai irá trabalhar na Polícia de Segurança Pública.
Em Dezembro morre o seu irmão Francisco, com quatro anos de idade.
Aquando da sua inscrição na escola primária da Rua Martens Ferrão descobre-se que um funcionário do Registo Civil da Golegã incluiu como apelido na sua certidão de nascimento a alcunha familiar, Saramago. Desta forma, torna-se no primeiro Saramago da família Sousa. Se assim não tivesse acontecido, o seu nome seria José de Sousa.
Muda-se para a escola primária do Largo do Leão.
Durante estes anos e os seguintes a família Sousa tem uma vida difícil, morando em quartos alugados e em várias ruas de Lisboa: Quinta do Perna-de-Pau, Rua E (hoje Rua Luís Monteiro), Rua Carrilho Videira, Rua dos Cavaleiros, Rua Padre Sena Freitas.
Matricula-se no Liceu Gil Vicente, onde inicia estudos secundários, frequentando dois cursos (liceal e técnico).
A falta de recursos económicos da família obriga-o a transferir-se para a Escola Industrial de Afonso Domingues, onde estudará até 1940.
Durante toda a infância e adolescência passa longos períodos na Azinhaga com os avós maternos.
O primeiro livro que possui é-lhe oferecido pela mãe: A Toutinegra do Moinho, de Émile de Richebourg.
A família Sousa passa a viver num andar só para ela na Rua Carlos Ribeiro, nº 15, no Bairro da Penha de França.
Conclui os estudos de Serralharia Mecânica na Escola Industrial de Afonso Domingues. Consegue o seu primeiro emprego como serralheiro mecânico nas oficinas dos Hospitais Civis de Lisboa.
À noite frequenta a biblioteca municipal do Palácio das Galveias, «lendo ao acaso de encontros e de catálogos, sem orientação, sem ninguém que me aconselhasse, com o mesmo assombro criador do navegante que vai inventando cada lugar que descobre», nas palavras do próprio Saramago.
Passa a ocupar um lugar nos serviços administrativos dos Hospitais Civis de Lisboa.
Trabalha na Caixa de Abono de Família do Pessoal da Indústria de Cerâmica, de onde foi afastado em 1949 em consequência do seu apoio à campanha eleitoral de Norton de Matos, o candidato da oposição à Presidência da República.
Casa-se com a pintora Ilda Reis.
Publica Terra do Pecado, o seu primeiro romance, intitulado inicialmente A Viúva
Nasce a sua filha, Violante.
Até 1953 e durante a segunda metade dos anos cinquenta escreve numerosos poemas, contos – alguns dos quais são publicados em revistas e jornais – e esboça a redacção de pelo menos quatro romances, dos quais apenas conclui um.
Morre o seu avô, Jerónimo Melrinho.
Escrevi um romance aos 25 e, depois, mais nada até que, já depois dos 50 anos, perdi o meu trabalho de jornalista no Diário de Notícias e decidi que era o momento de me consagrar à escrita.Quando me perguntam porque é que passei tantos anos sem escrever, respondo sinceramente que não tinha nada para dizer.
José Saramago, entrevista a Xavi Ayén, janeiro de 2006
Começa a trabalhar na Caixa de Previdência do Pessoal da Companhia Previdente, fazendo cálculos de subsídios e de pensões, graças à mediação do seu antigo professor Jorge O´Neil.
Termina Clarabóia, romance que só será publicado em 2011, após a sua morte. Com este texto encerra uma série de infrutíferas tentativas narrativas que aborda sob títulos como O Mel e o Fel, OS Emperadados e Rua.
A convite de Nataniel Costa enceta colaboração com a editora Estúdios Cor, no sector de produção. O seu nome começa a ser conhecido no campo da literatura e da cultura. Inicia a sua actividade como tradutor, cifrada em mais de sessenta títulos, até meados da década de oitenta. Na segunda metade da década de cinquenta traduz cerca de dezasseis livros, entre eles de autores como Colette e Tolstoi.
Abandona a Companhia Previdente para trabalhar exclusivamente na editora Estúdios Cor.
Em 13 de Maio morre o seu pai, no Hospital dos Capuchos, aos sessenta e oito anos de idade.
É editado o seu primeiro livro de poesia, Os Poemas Possíveis.
Ao longo desta década continua a sua actividade de tradutor, se bem que com mais moderação. Traduz, entre outros, Colette, Cassou, Audisio, Maupassant e Bonnard.
Colabora como crítico literário na revista Seara Nova. Nesta condição, escreve sobre vinte e três livros de ficção, entre eles títulos de Jorge de Sena, Agustina Bessa-Luís, Júlio Moreira, Alice Sampaio, Augusto Abelaira, Urbano Tavares Rodrigues, José Cardoso Pires, Rentes Carvalho, Nelson de Matos, Manuel Campos Pereira…
Publica crónicas no jornal A Capital, nas secções «Rua Acima, Rua Abaixo» e «Deste Mundo e do Outro».
Filia-se no Partido Comunista Português.
Faz a sua primeira viagem ao estrangeiro (Paris).
Continua a publicar crónicas jornalísticas n’A Capital, na secção «Deste Mundo e do Outro».
Divorcia-se de Ilda Reis.
Muda-se para Lisboa, depois de viver doze anos na Parede.
Inicia uma relação com a escritora Isabel da Nóbrega, que durará até 1986.
Publica o livro de poemas Provavelmente Alegria.
Deixa a editora Estúdios Cor.
Sob o título Deste Mundo e do Outro, reúne as crónicas publicadas no jornal A Capital (1968-1969), cujo suplemento «A Semana» coordenou.
Publica numerosas crónicas no Jornal do Fundão.
Trabalha como editorialista no Diário de Lisboa.
Nasce a sua primeira neta, Ana.
Publica O Embargo.
Dá à estampa A Bagagem do Viajante, segundo volume das crónicas jornalísticas publicadas nos jornais diários A Capital e Jornal do Fundão (1971-1972).
Dirige o suplemento literário do Diário de Lisboa.
Após a Revolução do 25 de Abril coordena uma equipa do Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis (FAOJ), sob dependência do Ministério da Educação.
Colabora como assessor do Ministério da Comunicação Social. Edita o seu primeiro volume de crónicas políticas, As Opiniões Que o DL Teve, onde colige os editoriais que publicou anonimamente no Diário de Lisboa em 1972 e 1973.
É nomeado director-adjunto do Diário de Notícias. Acusado de radicalismo marxista, vive um tumultuoso momento de crise, paralelo à evolução política moderada da Revolução, que o afasta do jornal, sem sequer receber apoio do seu partido.
Ao ficar desempregado no 25 de Novembro, decide não procurar outro trabalho e dedicar-se exclusivamente à escrita e à tradução. Os seus únicos rendimentos provêm das traduções, e intensifica esta actividade, a partir deste ano, vertendo para português, entre 1976 e 1979, cerca de vinte e sete obras, muitas delas de carácter político: Frémontier, Jivkov, Moskovichov, Pramov, Grisnoni, Poulantzas, Bayer, Hegel, Romain…
Faz parte do Movimento Unitário de Trabalhadores Intelectuais para a Defesa da Revolução (MUTI).
Publica o livro de poemas O Ano de 1993.
Faz uma recompilação das crónicas escritas no Diário de Notícias, que publica com o título Apontamentos.
Em Dezembro publica o romance Manual de Pintura e Caligrafia.
No início do ano transfere-se durante uns meses para Lavre, Montemor-o-Novo, onde convive com trabalhadores da Unidade Colectiva de Produção Boa Esperança, com o objectivo de preparar o seu romance Levantado do Chão, que será publicado no ano de 1980.
Publica o livro de contos Objecto Quase.
Publica a peça de teatro A Noite, que recebe o Prémio da Associação Portuguesa de Críticos.
Publica-se Poética dos Cinco Sentidos, livro de contos em que vários autores escrevem sobre os sentidos. A colaboração de José Saramago intitula-se O Ouvido.
O Círculo de Leitores encarrega-o de escrever um livro de viagens sobre Portugal.
Surge Levantado do Chão, que marca o início do estilo saramaguiano. É-lhe atribuído o Prémio Cidade de Lisboa.
Publica a peça de teatro Que Farei com Este Livro?, representada nesse ano no Teatro de Almada. Entre esta data e 1985 traduz cerca de dez títulos de vários autores: Bautista, Honoré, Jivkov, Duby, Hikmet…
É publicada Viagem a Portugal.
Em Agosto morre a sua mãe, Maria da Piedade, aos 81 anos.
Publica Memorial do Convento, que o consagra internacionalmente.
Atribuição a Memorial do Convento do Prémio Pen Club 1983 e do Prémio Literário Município de Lisboa.
Publica O Ano da Morte de Ricardo Reis.
Preside à Assembleia Geral da Sociedade Portuguesa de Autores.
Nasce o seu neto, Tiago.
É nomeado Comendador da Ordem Militar de Santiago de Espada pelo Presidente da República, Mário Soares.
Prémio Pen Club 1985 pelo título O Ano da Morte de Ricardo Reis.
Prémio da Crítica 1985, pela Associação Portuguesa de Críticos.
Sob o título Baltasar and Blimunda o romance Memorial do Convento é publicado nos Estados Unidos.
Termina a relação com Isabel da Nóbrega.
Publica A Jangada de Pedra.
Prémio Dom Dinis (Fundação Casa de Mateus) 1986, pela obra O Ano da Morte de Ricardo Reis.
Começa a escrever as crónicas «A Letra da Tabuleta» no JL (Jornal de Letras, Artes e Ideias).
Conhece Pilar del Río, com quem se casará dois anos depois.
Publica peça de teatro A Segunda Vida de Francisco de Assis, levada à cena posteriormente no Teatro Aberto.
Recebe o Prémio Grinzane-Cavour (Alba, Itália) 1987 atribuído a O Ano da Morte de Ricardo Reis.
Publica História do Cerco de Lisboa.
Estreia no Teatro Alla Scala de Milão a ópera Blimunda, com libreto do músico italiano Azio Corghi baseado no romance Memorial do Convento.
Publica O Evangelho Segundo Jesus Cristo, obra galardoada com o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores e com o Prémio Brancatti (Zafferana, Itália).
É nomeado Doutor Honoris Causa pelas Universidades de Turim e Sevilha.
O governo francês concede-lhe o título de Cavaleiro da Ordem das Artes e Letras.
O governo português veta a candidatura de O Evangelho Segundo Jesus Cristo ao Prémio Literário Europeu.
Em Itália, recebe o Prémio Internacional Ennio Flaiano (Pescara, Itália) atribuído ao romance Levantado do Chão.
É-lhe concedido o Prémio Literário Internacional Mondello (Palermo, Itália).
Transfere a sua residência para Lanzarote.
Publica a sua quarta peça de teatro, In Nomine Dei, que é distinguida com o Grande Prémio de Teatro da Associação Portuguesa de Escritores.
Torna-se membro do Parlamento Internacional de Escritores, com sede em Estrasburgo.
Atribuição do The Independent Foreign Fiction Award (Inglaterra) a O Ano da Morte de Ricardo Reis (tradução inglesa).
Recebe o Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores.
Estreia no teatro de Münster (Alemanha) da ópera Divara, com música de Azio Corghi e libreto baseado na peça In Nomine Dei.
Publica-se o primeiro volume de Cadernos de Lanzarote.
Ingressa na Academia Universal das Culturas (Paris).
Ingressa na Academia Argentina de Letras.
Ingressa no Patronato de Honra da Fundação César Manrique (Lanzarote).
É nomeado Presidente Honorário da Sociedade Portuguesa de Autores.
Publica Ensaio sobre a Cegueira.
Publica o segundo volume de Cadernos de Lanzarote
É-lhe atribuído o Prémio Camões.
É nomeado Doutor Honoris Causa pela Universidade de Manchester (Inglaterra).
Estreia de A Morte de Lázaro, com música de Azio Corghi e libreto baseado nas obras In Nomine Dei, O Evangelho Segundo Jesus Cristo e Memorial do Convento.
Recebe o Prémio de Consagração de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores.
Viaja para o Brasil a fim de receber o Prémio Camões.
Publica o terceiro volume de Cadernos de Lanzarote.
Sai o quarto volume de Cadernos de Lanzarote.
Publica o romance Todos os Nomes.
É nomeado Filho Adoptivo de Lanzarote.
Publica o Conto da Ilha Desconhecida.
Doutor Honoris Causa, Universidade de Castilha-la-Mancha (Espanha).
Recebe o Prémio Nobel da Literatura «… pela sua capacidade de tornar compreensível uma realidade fugidia, com parábolas sustentadas pela imaginação, pela compaixão e pela ironia», segundo a Academia Sueca.
Sai o quinto volume de Cadernos de Lanzarote.
É-lhe atribuído o Prémio Scanno/Universidade G. D’Annunzi pelo livro Objecto Quase.
Publica Folhas Políticas.
É nomeado Doutor Honoris Causa por 12 universidades espalhadas pelo mundo
Publica A Caverna.
Recebe a Medalha de Ouro que lhe é outorgada pelo Governo de Canárias.
Doutor Honoris Causa, Universidade de Salamanca (Espanha).
Doutor Honoris Causa, Universidade de Santiago do Chile (Chile).
Doutor Honoris Causa, Universidade do Uruguai (Uruguai).
Publica A Maior Flor do Mundo.
Recebe o Prémio Canárias Internacional concedido pelo Governo de Canárias.
Doutor Honoris Causa, Universidade de Granada (Espanha).
Doutor Honoris Causa, Universidade Carlos III (Espanha).
Doutor Honoris Causa, Universidade de Roma (Itália).
Publica O Homem Duplicado.
Doutor Honoris Causa, Universidade de Stranieri de Siena (Itália).
Doutor Honoris Causa, Universidade Autónoma do México (México).
Doutor Honoris Causa, Universidade de Tabasco (México).
Doutor Honoris Causa, Universidade de Buenos Aires (Argentina).
Publica Ensaio sobre a Lucidez.
Doutor Honoris Causa nas Universidades CHarles de Gaulle (França), Coimbra (Portugal), Alicante (Espanha) e Brasília (Brasil)
Publica Don Giovanni ou o Dissoluto Absolvido.
É-lhe atribuído o título de Doutor Honoris Causa no Canadá, em El Salvador, na Costa Rica e na Suécia.
Publica As Intermitências da Morte.
É nomeado Filho Predilecto da Província de Granada.
Em Fevereiro começa a escrever As Pequenas Memórias, concluindo o livro em Agosto. Trata-se de um projecto concebido e amadurecido durante mais de vinte anos. O lançamento é feito na Azinhaga, coincidindo com a passagem do seu 84º aniversário.
É-lhe atribuído o Prémio Dolores Ibarruri.
Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Dublin no Bloomsday (Irlanda).
A 28 de Fevereiro é nomeado Filho Predilecto da Andaluzia.
A 15 de Março é nomeado Doutor Honoris Causa pela Universidade Autónoma de Madrid.
Em Junho cria a Fundação José Saramago.
A 23 de Novembro a Fundação César Manrique (Lanzarote) inaugura uma grande exposição, comissariada por Fernando Gómez Aguilera, dedicada à sua vida e à sua obra literária, intitulada José Saramago. A Consistência dos Sonhos.
A 18 de Dezembro dá entrada num hospital de Lanzarote, acometido por uma pneumonia que evoluirá, com complicações, ao ponto de pôr a sua vida em risco.
A 28 de Fevereiro a Fundação José Saramago é reconhecida oficialmente pelo governo português, com publicação no Diário da República desse dia.
Em Abril viaja até Lisboa, onde no dia 23 se inaugura a Exposição José Saramago. A Consistência dos Sonhos no Palácio Nacional da Ajuda.
A 14 de Maio, o Festival de Cinema de Cannes abre com o filme Blindness, uma adaptação do romance Ensaio sobre a Cegueira transposta para os ecrãs pelo realizador brasileiro Fernando Meirelles.
A 26 de Novembro A Viagem do Elefante será apresentado, pela primeira vez, na Academia Brasileira das Letras, no Rio de Janeiro, e no dia seguinte, na Sesc Pinheiros, em São Paulo. A 3 de Dezembro o mesmo sucederá no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
A 23 de Abril, coincidindo com o Dia Mundial do Livro, a Fundação José Saramago e a Editorial Caminho publicam conjuntamente O Caderno, uma compilação dos textos diários que Saramago, desde Setembro de 2008 até meados de Março de 2009, foi publicando no seu blog O Caderno de Saramago, incorporado na página web da sua Fundação e difundido por internet.
A 18 e 19 de Junho realiza a rota portuguesa percorrida por Salomão em A Viagem do Elefante.
A 25 de Junho é apresentado em Lisboa O Caderno.
A 9 de Julho, é nomeado Sócio Correspondente da Academia Brasileira de Letras.
No dia 30, lançamento de Caim na Fundação Caixa Geral de Depósitos – Culturgest, em Lisboa, com a presença do autor.
No dia 17, lançamento de O Caderno 2 com prefácio de Umberto Eco, uma compilação dos textos diários que José Saramago publicou no seu blog O Caderno de Saramago, desde Setembro de 2008 até Novembro de 2009.
No dia 18 de Junho, às 12h30, José Saramago faleceu na sua casa em Lanzarote, acompanhado por sua família e amigos mais próximos.
No dia 19 de Junho, pelas 13h30m, o seu corpo regressou a Lisboa num avião do Estado Português.
No dia 20 de Junho, às 12h30m o seu corpo foi cremado no Cemitério do Alto de São João, em Lisboa, onde foi recebido por uma imensa multidão que se despediu de José Saramago levantando livros.
Em novembro estreia o documentário “José e Pilar”, do realizador Miguel Gonçalves Mende.
Publica-se o romance Claraboia, escrito em 1953 mas nunca editado
O ensaio Da Estátua à Pedra, consequência de uma conferência pronunciada em Turim por José Saramago em 1997, é publicado pela Fundação José Saramago.
Em junho a companhia de teatro ACERT Tondela inicia a digressão do espetáculo de rua A Viagem do Elefante.
Estreia em outubro o filme Enemy, do realizador Denis Villeneuve, a partir do romance O Homem Duplicado.
O romance Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas, livro em que trabalhava até dias antes de morrer, é publicado acompanhado de Fernando Gómez Aguilera e Roberto Saviano e ilustrações de Günter Grass.
Em março, em São Paulo, é inaugurada a exposição José Saramago – os pontos e a vista, de curadoria de Marcello Dantas.
Em outubro, publica-se Último Caderno de Lanzarote, livro que reúne os diários do escritor da ano de 1998.
O Ano da Morte de Ricardo Reis é adaptado para o cinema pelo realizador João Botelho.
No dia 16 de novembro, quando se celebra o 99º aniversário do autor, terá início as comemorações do seu primeiro centenário.